SPDA
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Quem não fica maravilhado ao ver uma imagem como esta da foto? Porém, este lindo fenômeno da natureza, popularmente conhecido como raio, pode matar.
São registrados no Brasil, cerca de 77,8 milhões de descargas atmosféricas por ano. Número que coloca o Brasil na liderança de incidência de raios no mundo. Isso mesmo! O Brasil é o país que tem a maior incidência de raios no mundo. E como você pode deixar a sua edificação protegida contra essas descargas atmosféricas? Através de um SPDA – Sistema de Proteção contra descargas atmosféricas. Ou popularmente conhecido com para-raios.
O que é SPDA?
SPDA é a sigla para Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, é um sistema de proteção que tem como objetivo, preparar a edificação para que esta, receba uma descarga atmosférica e a conduza adequadamente para a terra. Funciona como um tipo de armadura que evita a incidência direta de raios na estrutura a ser protegida.
Quais são os elementos que compõem um SPDA?
O SPDA é composto basicamente por três subsistemas. São eles:
Subsistema de captação
O subsistema de captação consiste em elementos metálicos, normalmente mastros ou condutores de cobre ou alumínio devidamente dimensionados e estrategicamente posicionados nos topos das edificações. Esse subsistema tem como função, receber as descargas que incidam sobre o topo da edificação e distribuí-las pelo subsistema de descida.
Subisistema de descida
São condutores metálicos, geralmente cabos de cobre nu ou barra chata de alumínio, que são fixados nas laterais das edificações, por meio de suportes condutores ou diretamente na estrutura. Esses condutores, tem a função de receber as correntes distribuídas pelo subsistema de captação e conduzi-las para o subsistema de aterramento.
Subsistema de aterramento
O subsistema de aterramento, para os tipos de SPDA mais simples, consiste em, no mínimo, um “anel” enterrado diretamente no solo, em volta de toda a edificação. Esse “anel”, geralmente é confeccionado com cabo encordoado de cobre nu. Esse subsistema, tem a função de receber as correntes elétricas do subsistema de descida e dissipá-las no solo, bem como equalizar os potenciais das descidas aos potenciais do solo.
Como saber se realmente a sua edificação necessita de um SPDA para estar protegida?
Para saber se uma edificação necessita de um SPDA para estar protegida, é necessário que seja realizada uma Avaliação de Risco. Essa Avaliação envolve alguns fatores, que pode ir desde o conhecimento da Densidade de Descargas Atmosféricas da região, até o valor da estrutura a ser protegida em R$ (dependendo do tipo da edificação).
Essa Avaliação, deverá ser realizada por um profissional legalmente habilitado e qualificado, e com ela é possível identificar a necessidade, ou não, da instalação de um SPDA na estrutura avaliada. Essa avaliação não só identifica a necessidade da instalação de um SPDA, como o tipo de sistema que deverá ser instalado, em relação ao nível de proteção, que varia do nível IV ao I, sendo este último o mais rigoroso em termos de proteção.
Identificada a necessidade do SPDA, deve ser elaborado, por um profissional legalmente habilitado e qualificado, um projeto, que deverá ser executado por equipe qualificada e capacitada, sob a supervisão de um responsável legalmente habilitado e capacitado.
Qual a norma que regulamenta os Sistemas De Proteção contra Descargas Atmosféricas?
Os sistemas SPDA são regidos pela ABNT NBR 5419 - Proteção contra descargas atmosféricas. Esta norma foi revisada em 2015 e sofreu uma significativa mudança em relação a revisão antecessora de 2005. A Revisão antiga contava com 48 páginas enquanto a atual, conta com 380 páginas, as quais são divididas em quatro partes, sendo:
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Parte 1: Princípios Gerais – Essa parte estabelece os requisitos para a determinação de proteção contra descargas atmosféricas;
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Parte 2: Gerenciamento de Risco – A parte dois estabelece os requisitos para análise de risco em uma estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra;
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Parte 3: Danos Físicos a Estruturas e Perigos à Vida – Essa parte estabelece os requisitos para proteção de uma estrutura contra danos físicos e para proteção de seres vivos contra lesões causadas pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA;
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Parte 4: Sistema Elétricos e Eletrônicos Internos na Estrutura – Esta parte da norma, aborda os requisitos mínimos para as Medidas de Proteção contra Surtos. Fornece informações para reduzir o risco de danos permanentes à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos ocasionados pelas descargas atmosféricas.
O SPDA necessita de manutenção?
Para que seja assegurada a eficácia do SPDA, é necessário que seja feita manutenção sempre que seja constatada a sua necessidade. Tal necessidade pode ser constatada por meio de inspeções.
Segundo a NBR 5419:2015, as inspeções devem ser feitas:
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Durante a construção da estrutura e após a sua conclusão;
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Quando houver alterações ou reparos, ou quando houver suspeita de que a estrutura foi atingida por uma descarga atmosférica;
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Inspeção visual semestral apontando eventuais pontos deteriorados no sistema;
É necessário que um profissional legalmente habilitado e capacitado emita um laudo, com a emissão da respectiva ART periodicamente em intervalos determinados de:
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Um ano para estruturas contendo munição ou explosivos, ou locais expostos à corrosão atmosférica severa;
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Três anos para as demais estruturas.
O que é o laudo de SPDA?
O laudo do SPDA é um documento técnico que deve constar informações relevantes sobre as atuais condições de toda a instalação do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas da edificação, e deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado e capacitado.
O que deve conter no laudo de SPDA?
O laudo do SPDA, deve contemplar:
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Análise do sistema instalado por meio de uma Análise de Risco;
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Análise da documentação pertinente ao sistema;
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Inspeção completa para checar itens como deterioração e corrosão dos captores, condutores de descida, conexões e eletrodo de aterramento;
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Testes de continuidade da armadura com equipamento adequado, bem como o certificado de calibração do mesmo;
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ART do responsável técnico.
Quem pode assinar o laudo do SPDA?
Segundo o Confea – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, as atividades de projeto, instalação e manutenção, vistoria, laudo, perícia e parecer referentes a Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA, deverão ser executadas por pessoas físicas ou jurídicas devidamente registradas no CREA.
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Engenheiro eletricista;
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Engenheiro de computação;
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Engenheiro mecânico-eletricista;
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Engenheiro de produção, modalidade eletricista;
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Engenheiro de operação, modalidade eletricista;
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Tecnólogo na área de engenharia elétrica;
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Técnico industrial, modalidade eletrotécnica;
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Engenheiro civil.
Fontes: http://normativos.confea.org.br/ementas/visualiza.asp?idEmenta=624
Quanto custa um laudo de SPDA?
O profissional ou empresa que for elaborar um laudo de SPDA, terá que arcar com os seguintes custos:
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Registro de ART;
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Custos de logística;
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Custos com equipamentos (calibração/depreciação/manutenção);
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Mão de obra ( engenheiro/auxiliares técnicos);
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Custos administrativos;
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Impostos.
Além dos custos, outros critérios deverão ser considerados para a elaboração do preço que será repassado ao cliente, como a complexidade do sistema, dimensões das estruturas e o nível de segurança que será exigido para o desenvolvimento das inspeções
